quarta-feira, setembro 30, 2009

Manguinhos

A foto acima mostra a pouco habitada área de Manguinhos por volta dos anos 1920. Já se vê, no alto do morro, o castelo neomourisco projetado pelo arquiteto Luiz de Moraes e construído, a partir de 1904, para sediar o Instituto Soroterápico Federal, que vinha sendo dirigido, desde 1900, pelo sanitarista Oswaldo Cruz, e que hoje é a Fundação que leva seu nome.

No centro da foto pode-se ver a chaminé de um crematório de lixo que foi demolido, em 1940, sem nunca ter sido utilizado.

Ao fundo, a região do pedregulho onde, hoje, está o famoso conjunto habitacional projetado por Reidy, em 1947, e que leva o nome oficial de Conjunto Prefeito Mendes de Moraes.

Abaixo, uma foto atual do prédio centenário da Fundação Oswaldo Cruz.


quarta-feira, setembro 23, 2009

Sede do Jockey Club Brasileiro

Quando da construção da Av. Central, hoje Rio Branco, existiam dois clubes dedicados às corridas de cavalos: o Jockey Club e o Derby Club (o primeiro, fundado em 1868; o segundo, em 1885). A sede do Jockey foi construída na esquina da Avenida com a Almirante Barroso, fronteira ao Clube Naval, como mostrado na foto da revista LIFE.

A seu lado, e próximo à Escola Nacional de Belas Artes, hoje Museu, ficava a sede do Derby Club. Na foto abaixo, vê-se os dois clubes e uma nesga da ENBA.

Em 1932, os dois clubes fundiram-se formando o Jockey Club Brasileiro. Nova sede social, projetada por Lucio Costa, na década de 1950, foi construída em um prédio que ocupa toda a quadra compreendida pelas Rua Primeiro de Março, Av. Nilo Peçanha, Rua Debret e Av. Almirante Barroso. O arquiteto “destinou à sede a cobertura e a fachada principal, ficando as três outras para renda e o miolo do edifício, em todos os andares, para estacionamento - mais de 700 vagas” (in “Lucio Costa: Registro de uma Vivência” pg. 420). Desenho da fachada na figura abaixo.

No local até então ocupado pelos dois prédios da Av. Rio Branco, foi construído, em 1981, o Edifício Linneu de Paula Machado, nome do primeiro presidente após a fusão..







quarta-feira, setembro 16, 2009

Rua da Guarda Velha

Conta-nos Brasil Gerson que a Av 13 de Maio teve origem em um caminho entre a Lagoa de Santo Antonio (onde hoje é o Largo da Carioca) e a Lagoa do Desterro, ao pé do morro do Desterro (hoje Santa Teresa). No governo de Antonio Gomes Freire de Andrade (1733-1763) _Conde de Bobadela_ ganhou foros de rua, foi conhecida como Rua do Bobadela, depois da Guarda, da Guarda Velha, hoje, Avenida 13 de Maio.

Atendendo aos reclamos dos frades do convento contra a algazarra produzida pelos escravos que iam ao chafariz da carioca recolher água para seus senhores, Gomes Freire determinou que além da obrigatoriedade de se organizar uma fila, fosse mantida a ordem, pelo que instituiu um posto de guarda para vigiar a aplicação da regra. Passou a ser conhecida como Rua da Guarda e, quando novos postos foram instituídos na cidade, passou a Rua da Guarda Velha.

quarta-feira, setembro 09, 2009

Silogeu


Prédio construído durante as reformas do Prefeito Pereira Passos (1902-1906), e demolido no início da década de 1970 para o alargamento da Rua Teixeira de Freitas, contígua ao Passeio Público. Já se vê, por trás dele, o atual prédio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Levou o nome de silogeu por abrigar, além do IHGB, a Academia de Medicina, o Instituto dos Advogados do Brasil, e a Academia Brasileira de Letras.

O curioso é que foi totalmente substituído pela Rua Teixeira de Freitas que era bastante estreita, como mostra a foto abaixo, de 1934. O prédio está no canto direito, e o alargamento foi feito sem prejuízo para o Passeio Público.




quarta-feira, setembro 02, 2009

Roda dos Expostos

No século XVI não era incomum abandonarem-se recém-nascidos em lugares públicos para serem encontrados; eram os chamados “expostos”.

Em 1726, o Vice-rei Vasco Meneses determinou que todas as crianças “expostas” fossem abrigadas em asilos. A Santa Casa da Misericórdia, no Rio, adotou, então, o sistema da “Roda”, utilizado na Europa desde a Idade Média, e que, aqui, atravessou a Colônia, o Império e chegou à República.

Consistia de uma caixa cilindrica de madeira, colocada no muro do hospital, sendo que uma parte dava para a rua e outra para dentro da instituição. A criança era colocada e a caixa girada de forma a conduzir a criança para o interior. Havia uma corda de uma sineta para avisar que uma criança havia sido entregue. A identidade que quem a colocasse ficava desconhecida.

O dispositivo usado pela Santa Casa da Misericórdia do Rio (mostrado na foto) encontra-se, hoje, no museu do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. O IHGB ocupa vários andares do edificio nº 8 da Avenida Augusto Severo, junto ao Passeio Público.