Belo prédio construído em 1928 na Av. Atlântica, esquina de Rua Constante Ramos, em terreno que ia até a Rua Domingos Ferreira. Seguiu o sugerido no plano Agache, ficando na metade posterior do terreno junto à Domingos Ferreira, mantendo no espaço fronteirojardins e pérgulas com mesas de um restaurante no térreo.
Com dez andares foi, durante algum tempo, um dos mais altos edifícios da orla. Infelizmente, na década de 1960, permitiram a construção no espaço, até então,non aedificandi, surgindo um prédio à sua frente que lhe roubou a vista do mar.
Passou muitos anos abandonado, provavelmente por ser propriedade de apenas um dono. Problemas legais impediram que o prédio fosse demolido. Finalmente, na década de 1990 acabou tendo sua situação normalizada e, depois de reformado, foi transformado em residência para idosos. Teve seu simpático nome de origem tupi substituído por uma verdadeira frase em língua estrangeira, supostamente para parecer 'elegante'.
A foto em P&B mostra o prédio em 1945, conforme publicado por Luiz D' em seu fotolog de 05/07/2005; a colorida, a situação atual, em que vemos sua fachada verdadeiramente emparedada.
José Maria da Silva Paranhos, visconde do Rio Branco, nasceu na cidade de Salvador, Bahia, a 16 de março de 1819. Freqüentou a Escola Naval e a Escola Militar mas formou-se em ciências matemáticas.
Exerceu as profissões de Professor, Jornalista, Servidor Público, Diplomata. Em 1851, foi secretário na missão do Rio da Prata, sob o comando do marquês do Paraná. Foi ministro, chefe de delegação e enviado especial em missões na Argentina, no Uruguai e no Paraguai. Teve como tarefa, ao término da guerra, em 1869, a organização do Governo Provisório do Paraguai.
Foi deputado provincial pelo Rio de Janeiro e deputado geral em várias legislaturas. Presidente de Província, Ministro de Negócios Estrangeiros, da Marinha, da Guerra e da Fazenda. Presidente do Conselho de Ministros de março de 1871 a junho de 1875,cabendo-lhe sancionar a Lei do Ventre Livre (28 de setembro de 1871). Maçom, presidiu, como Grão-Mestre, o Grande Oriente do Brasil. É o patrono da cadeira nº40, da ABL. Pai do Barão do Rio Branco.
Faleceu em 1880. Graças a uma subscrição pública organizada pelo Jornal do Commercio, teve um monumento erigido e inaugurado, em 1902, no Largo da Glória. O Visconde está sentado, com o uniforme de Senador do Império; no pedestal, uma figura feminina simboliza a História. Em 1938, quando da substituição do nome da Av. Salvador Correa de Sá para Av. Princesa Isabel, por motivo do cinqüentenário da Lei Áurea, o monumento foi removido da Glória para Copacabana; e na década de 1990, quando se reformou o canteiro central da avenida, o monumento foi transferido para a Praça Demétrio Ribeiro, junto à Rua Felipe de Oliveira.
A primeira foto mostra o monumento no Largo da Glória, com a igreja do outeiro ao fundo. A foto recente mostra sua localização atual na Praça Demétrio Ribeiro, e se pode ver, à direita, as galerias do Túnel Novo.
Já não se ouve falar desse ponto da geografia carioca. Nem se encontram referências a ele em buscas pelo Google. Talvez porque tenha perdido sua magia com os sucessivos aterros na orla da baía. Por esse nome era conhecida a curva de entrada na Av. Ruy Barbosa de quem vinha pela praia de Botafogo. O apelido decorria do fato de quem, de carro, à noite, fazia a curva para acessar a Ruy Babosa, infalivelmente iluminava pelo menos um casal de namorados, no escurinho, junto à amurada.
O local era, de fato, mágico. A amurada sobre o mar deixava vislumbrar a enseada de Botafogo, com o Pão de Açúcar e o Morro da Urca ao fundo.
As fotos mostram trechos da Av. Ruy Barbosa e sua bela vista, durante o dia, em 1950; o trecho da amurada que ficava bem na curva, onde pescadores tentam a sorte, fora destruída, provavelmente por um acidente de trânsito, e ainda não reparada; a outra foto mostra um rapaz na posição usual das moças durante os namoros noturnos que deram o nome à curva.
Durante a administração do prefeito Pereira Passos (1902-1906), dentre os melhoramentos introduzidos na cidade fazia parte uma instalação sanitária para senhoras, na Praça Tiradentes.
É o que nos mostra a foto acima. Pode-se, ainda, ver um automóvel de capota de lona, estacionado, e um bonde a trafegar; é de se notar a vegetação que existia na praça, hoje toda pavimentada com mosaicos em pedras portuguesas.
A segunda foto, mais à distância, mostra, além do sanitário e das plantas, um estacionamento de tilburis em uma praça completamente diferente da de hoje. A rua ao fundo, de onde chega o bonde puxado a burro, é a da Carioca; ao fundo vê-se o Morro de Santo Antônio, e, à direita e à distância, o Corcovado.