quarta-feira, outubro 03, 2007

Campo de Santana (Praça da República)



O areal cheio de mato e alagadiços era conhecido, no século XVIII, como Campo de São Domingos, graças a uma capela levantada por uma Irmandade de devotos do santo.

Em 1735, graças a uma outra capela, dedicada a Santa Ana, levantada no local onde hoje está a estação ferroviária, passou a ser conhecido como Campo de Santana. Mais tarde, em 1790, os banhados começaram a ser aterrados, e o local ganhou um chafariz, logo chamado de Chafariz das Lavadeiras, graças às frequentadoras, e ali permaneceu até 1873, quando foi demolido.

Em 1818, ali foi D. João aclamado rei, com grande comemoração. Quatro anos depois, seria palco de nova aclamação: a de Pedro I, como imperador do Brasil. Desde então passou a ser conhecido como Campo da Aclamação. Em 1831, foi palco de manifestações populares contra D. Pedro que resultaram em sua abdicação. O nome mudou para Campo da Honra, não referendado pelo povo que continuou a chamá-lo da Aclamação.

Em 1880, o parque foi reinaugurado, após uma grande reforma feita pelo paisagista Glaziou. Nove anos depois, foi testemunha de uma movimentação de tropas, tomada pelo povo como exercício militar, quando o que ocorria, na verdade, era a deposição do Gabinete Ouro Preto e a proclamação da República por Deodoro. Alguns meses depois, teve seu nome oficial alterado para Praça da República, mas o povo persiste em chamá-lo pelo antigo nome de Campo de Santana.

Com a abertura da Av. Presidente Vargas, teve seu tamanho bastante reduzido, o que se pode constatar na foto aérea de 1930. Nela se identifica, ainda, a estação D.Pedro II; o antigo edifício do Ministério da Guerra, o Monumento a Benjamin Constant (hoje no centro da Praça); a casa do Marechal Deodoro e a antiga Casa da Moeda (atual Arquivo Nacional); na parte superior da foto vê-se a igreja de Santana, e a Praça Onze que demarca as quadras que seriam demolidas para a construção da Av. Presidente Vargas.

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