quarta-feira, outubro 24, 2007

Praça Cardeal Arco Verde


Ao que consta, é a praça mais antiga do bairro. O terreno teria sido doado à Municipalidade por Alexandre Wagner, em 1874, recebendo o nome de Praça Martim Afonso. Mais tarde, foi chamada de Sacopenapan em homenagem ao nome indígena do bairro. Passou a ter o nome atual a partir de 1917, em homenagem a Dom Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti, primeiro Arcebispo do Rio de Janeiro, e depois, o primeiro Cardeal sul-americano.

O recenseamento de 1920 revela que havia apenas 5 predios ao redor da praça que, por algum tempo se limitava a uma área cheia de capim onde pastavam os burricos da região. Em 1935, foi urbanizada pelo Prefeito Pedro Ernesto, que nela instalou uma Escola. Em 1942, nela foi instalado o Museu da Cidade, já que o prédio do museu, na Gávea, havia sido requisitado para alojar a Prefeitura, desalojada do centro da cidade por ocupar espaço destinado à abertura da Av. Pres. Vargas. Alguns anos mais tarde, o museu foi removido, mas permaneceu no prédio um teatro de amadores, onde hoje funciona o Teatro Gláucio Gil.

A foto mostra a praça, nos anos 1940, com a urbanização projetada pelo arquiteto Azevedo Neto. À esquerda, vê-se parte do prédio da Escola. Em 1999, foi reurbanizada, e perdeu mais uma fatia, desta vez para a instalação da Estação Arco Verde do Metrô.

Parece curioso que na praça com o nome de um alto dignatário da Igreja Católica exista um chanukiá, candelabro de 9 velas, tradicional símbolo do judaismo. A seu pé há uma placa que diz: o candelabro proclama a mensagem universal da liberdade de culto assim como a vitória da luz sobre a escuridão através de atos diários de bondade. Este monumento ali está desde 12 de dezembro de 2004, por iniciativa da organização judaica Beit Lubavitch.


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