quarta-feira, novembro 07, 2007

Trampolim do Diabo


Assim era conhecido o «Circuito da Gávea», perigoso trajeto de rua com pouco mais de onze quilômetros, de pisos variados (paralelepípedos, asfalto, cimento e terra), subidas e descidas com rampas acentuadas, curvas fechadas e perigosas. Utilizado para corrida de automóveis, no Rio de Janeiro da primeira metade do séc XX.

A partida era na Marquês de São Vicente, passava pela Bartolomeu Mitre, seguia pela Visconde de Albuquerque, Av. Niemeyer, subia pela Estrada da Gávea (onde hoje fica a Rocinha) e descia pela Marquês de São Vicente, fechando o circuito.

As corridas perduraram de 1933 a 1954, com diversas suspensões, por variadas razões, inclusive a II Guerra Mundial. A primeira corrida, intitulada pelo Automóvel Clube do Brasil de «I Grande Prêmio Cidade do Rio de Janeiro», realizada em 1º de outubro de 1933, previa vinte voltas, o que totalizava duzentos e vinte e três quilômetros e duzentos metros completados, em pouco mais de três horas e dezenove minutos, por Manuel de Tefé, dirigindo uma Alfa - Romeo (67,162 km/h de média).

O circuito da Gávea fez famosos o italiano Carlo Pintacuda, que venceu o circuito em 1937 e em 1938, e teve seu nome transformado em substantivo comum denotativo de rapidez; e o brasileiro Chico Landi, que venceu a corrida três vezes (1941, 1947, 1948). A última edição, em 1954, foi vencida pelo suíço Emmanuel de Graffenried, com uma Masserati. É de se notar que a maior velocidade média foi obtida, em 1952, pelo argentino José Froilán Gonzalez que, com sua Ferrari, atingiu 90,321 km/h.

As fotos mostram: o local da partida e chegada, na Av.Marquês de São Vicente; a subida da Av. Niemeyer; e Manoel de Tefé, na Alfa-Romeo com que venceu em 1933.





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