quarta-feira, dezembro 02, 2009

Pedra do Sal

A Pedra do Sal é um dos pontos históricos da nossa cidade. É um enorme granito, e tem uma escadaria entalhada por escravos, que liga o Morro da Conceição à área portuária. «Neste local, o sal era descarregado das embarcações que aportavam nas proximidades. Passou, depois, a ponto de encontro de sambistas que trabalhavam como estivadores», revela uma placa colocada, no local, pela Secretaria Estadual de Cultura.

Sabe-se que, no início do séc XVII, negros baianos, chegados ao Rio de Janeiro, instalaram-se nas proximidades. O local oferecia moradia barata e, por ser perto do porto, não era difícil conseguir trabalho na estiva. Da Pedra, também se avistavam os navios que chegavam ao porto, bem antes da construção do cais, que só veio a ocorrer no início do séc XX.

A Pedra constituiu sempre um lugar sagrado para os seguidores de religiões afro-brasileiras, e foi o local onde nasceram os ranchos carnavalescos que viriam a se transformar em Escolas de Samba. A Pedra do Sal foi tombada em 1984 pelo INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural).

A base da escadaria fica no Largo João da Baiana, confluência da Rua Argemiro Bulcão com a Travessa do Sossego. O Largo homenageia o pandeirista João Machado Guedes (1887-1974) conhecido como João da Baiana. O local foi freqüentado não só por João, como por Donga, Pixinguinha, Heitor dos Prazeres e muitos outros sambistas.

Todas as segundas-feiras, de 1800 às 2200 h, há uma roda de samba no Largo. As quartas-feiras são dedicadas a sambas inéditos, como proclama uma faixa colocada no local.



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