É como ficou conhecido, a partir de 1825, o sino da torre esquerda da Igreja de São Francisco de Paula. Mede um metro de diâmetro, pesa seiscentos quilos, e foi fundido na oficina do nº.44 da então Rua de São Lourenço (depois Senador Euzébio; hoje, Pres.Vargas).
O apelido foi atribuído pelo povo em conseqüência do toque de recolher instituído, por edital de 3 de janeiro de 1825, pelo Desembargador Francisco Teixeira de Aragão, Intendente-Geral de Polícia.
A Igreja do Largo de São Francisco foi a escolhida para fazer o anúncio, o que passou a fazer com o sino da torre esquerda. É que o sino da torre direita estava alugado aos irmãos da Ordem Terceira da Penitência, porque sua igreja, no Largo da Carioca, era proibida de ter sinos por imposição do vizinho Convento de Santo Antonio.
Segundo o determinado, às 22 horas no verão e às 21 no inverno, o sino da Igreja de São Francisco de Paula devia soar por trinta minutos, ininterruptamente, para avisar aos cariocas que deviam se recolher, e às casas comerciais que precisavam encerrar suas atividades. A medida visava reduzir a quantidade de assaltos e, também, das arruaças provocadas pelos «capoeiras». Essa determinação perdurou válida por 58 anos; até 1878, portanto.
A foto mostra um postal colorizado da igreja; à direita do leitor, a torre que guarda o sino "Aragão".
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