José maurício Nunes Garcia (1767-1830) é considerado um dos maiores compositores das Américas da época em que o Brasil transitava da Colônia para o Império.
Filho de um branco com uma negra, desde muito cedo mostrou talento musical pois compôs sua primeira obra aos 16 anos de idade. Teria aprendido música com o musicista mineiro Salvador de Almeida Faria.
Aos 25 anos, é ordenado padre, e nomeado mestre-de-capela da Sé, que funcionava _à época_ na Igreja do Rosário. Além de tocar o órgão, Padre José Maurício dirigia os músicos e cantores nas cerimônias da igreja.
Com a chegada da família Real, em 1808, e a transfêrencia da Sé para a Igreja do Carmo, Padre José Maurício é nomeado Mestre da Capela Real. No período entre 1808 e 1811 ele compõe cerca de setenta peças. Sinal da estima de D. João VI é sua inclusão na Ordem de Cristo.
Embora existisse preconceito contra ele, na Corte, compôs e regeu, na Igreja da Ordem Terceira do Carmo, o réquiem que compôs em homenagem à Rainha D. Maria I quando de seu falecimento, em 1816, no Rio de Janeiro.
Os restos mortais do padre José Maurício repousam na Igreja da Irmandade da NªSª do Rosário dos Homens Pretos (Rua Uruguaiana, 77)(post)