quarta-feira, junho 30, 2010

Associação dos Empregados no Comércio



A AEC do Rio de Janeiro foi fundada em março de 1880, na antiga sede do Jockey Clube, em um sobrado da Rua do Ouvidor. António Mathias Pinto Junior e quarenta e três jovens por ele convidados fundaram a Associação.

Em 1882 instalou-se em outro sobrado, na mesma rua. Em 1889, já pode adquirir um terreno na Rua Gonçalves Dias, onde construiu sua primeira sede própria, que ficou pronta em 1900.

Com a abertura da Av. Central (hoje Rio Branco), construiu, nesta via, uma nova sede, inaugurada em 1906. Em 1939 foi demolida para a construção da sede atual, com 15 andares e que aparece na foto em cores.

É de se notar que a primeira foto mostra, na então Av. Central, da direita para a esquerda, a AEC, a Casa Arthur Napoleão, o Clube de Engenharia, e depois da Rua Sete de Setembro o Edifício de O Paíz.








quarta-feira, junho 23, 2010

Clube de Engenharia





Às 13 horas de 14 de fevereiro de 1906, o centro da cidade foi surpreendido pelo fragor da queda do edifício do Clube de Engenharia que estava a ser construído na Av. Central (atual Rio Branco). Os operários, apanhados de surpresa, não tiveram tempo de fugir. Há foto de Malta mostrando como ficou o que era o edifício, cuja obra já atingira o terceiro andar. A Polícia abriu um inquérito mas, dias depois, com o início do Carnaval, o problema foi esquecido pelo público. Parece que a conclusão foi por a culpa em um Mestre-de-Obras.

Concluída a construção pela empresa R.Rebecci & Cia, o Clube projetado pelo Arq. Heitor de Melo, foi inaugurado em 16 de fevereiro de 1910.

O prédio era bastante pequeno, sendo substituído pelo que, atualmente, ocupa o mesmo lugar, na esquina da Av. Rio Branco com a Rua Sete de Setembro

O jornal O GLOBO, de 18 de novembro de 1953 noticiava: ''Na ordem do dia carioca a discussão sobre a nova marquise do Clube de Engenharia. Diz-se que, na ânsia de ser original, o arquiteto compôs um monstro sem originalidade alguma, de bocarra aberta, ameaçando os transeuntes. Para mim, é uma porta de ratoeira, que baixará ao tentar algum rato penetrar no clube.'' (Gabino Duque).

Realmente, a novidade causou verdadeiro frisson na população. Hoje, me parece, o morador do Rio não se importaria tanto com este detalhe, pois a cada dia, mais suja e emporcalha a sua cidade.










quarta-feira, junho 16, 2010

O Paíz



A foto acima nos mostra o prédio do jornal O Paiz, e seu empastelamento quando da Revolução de 1930, movimento que derrubou Washington Luiz da Presidência, e levou Getúlio Vargas ao poder.

Fundado, em 1884, por Quintino Bocaiúva (1836-1912), o jornal vinha defendendo os interesses da política do café com leite (alternância da Presidência da República entre São Paulo e Minas Gerais). Durante o Segundo Império, havia insuflado os militares contra D. Pedro II, até a derrubada da monarquia por Deodoro.

O jornal, inicialmente na Rua do Ouvidor, ocupou a esquina da Avenida com a Rua Sete de Setembro, e sua calçada exibia em pedras portuguesas o nome do jornal, como se vê na foto tirada desde um de seus andares.









quarta-feira, junho 09, 2010

Clube Naval

O anunciado centenário é o da inauguração do prédio de número 180 da Avenida Central, hoje Rio Branco.

Projetado em estilo eclético pelo arquiteto italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi (1844,Turim -1915, Rio), e construído por Bezzi e pelo arquiteto Heitor de Mello (1875 -1920), em terreno selecionado quando do traçado da Avenida Central, na esquina da Rua de São Gonçalo, depois Av. Almirante Barroso. Heitor era filho do Almirante Custódio de Melo

O prédio, inicialmente, tinha apenas quatro pisos, como se pode ver na foto acima. Mais dois andares lhe foram acrescentados desde então. O quinto andar foi levantado em 1928 e, o sexto, completado em 1939. Hoje, apresenta-se como mostrado na foto abaixo. É de se notar o crescimento dos oitís plantados na calçada.

No terceiro andar fica o salão nobre, com 150 metros quadrados, e decoração estilo Luis XV. Uma falsa clarabóia recebe iluminação artificial. As paredes apresentam pinturas de Helios Seelinger, e representam desde o céu até o fundo do mar; na superfície, vê-se a evolução de nossa Marinha, da caravela ao encouraçado e, abaixo, o fundo do mar, com sereias, nereidas e ninfas.

Em 1987, o prédio foi tombado pela Prefeitura da cidade.

Fundado, em 12 de abril de 1884, pelo então Capitão-de-Fragata Luiz Philipe de Saldanha da Gama, Oficial que se tornaria personagem de estatura nacional, o Clube Naval tem sido parte ativa e relevante na vida do país, tanto no final do Império quanto nos acontecimentos da República.




quarta-feira, junho 02, 2010

Topiaria

Assim é chamada a arte de podar as plantas de tal modo que formem figuras. Pois já tivemos verdadeiros artistas neste ofício.

Nos meus tempos de garoto, cada vez que ia ao Centro, ansiava chegar à Praça Paris para admirar, mesmo de dentro do ônibus, as esculturas de diversos animais, recortadas nas plantas. Consegui 'capturar' na Rede a foto de uma dessas obras de arte que eu tanto admirava.

Hoje, a Praça é cercada, além de terem desaparecido com aquelas plantas. Talvez por ausência de artistas, talvez porque nestes tempos modernos não haja mais condições de se estar a recortar artisticamente as plantas com uma simples tesoura de jardineiro.

Talvez nos faltem jardineiros, como nos faltam calceteiros.

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