Com a chegada de D. João, as terras foram desapropriadas dos descendentes de Rodrigo de Freitas e loteadas, reservando, a coroa, largo trato de terra (1,4milhões de m2) onde o príncipe, em 13 de junho de 1808, criou o Jardim de Aclimação com a finalidade de aclimatar as plantas procedentes do Oriente, como cânfora, nogueira, jaqueira, cravo da India e chá da China. Quatro meses depois, em 11 de outubro, teve seu nome alterado para Real Horto Botânico.
Ali D. João plantou, em 1809, a primeira palmeira imperial, um exemplar de Roystonea oleracea trazido do Caribe, de onde é originária. Foi intitulada Palma Mater por ter sido a mãe de todas as outras. Os escravos tinham ordens de destruir as sementes excedentes, para que a espécie fosse exclusividade do Horto, mas eles as vendiam, e em muitas propriedades elas foram plantadas. Para avaliar a longevidade dessa espécie, basta dizer que a Palma Mater foi atingida por um raio, em 1972, tendo sua vida interrompida aos 163 anos de idade.
Com a independência, foi aberto ao público com a designação de Real Jardim Botânico. Seu diretor, o frade carmelita Leandro do Sacramento, professor de botânica e estudioso da flora brasileira, organizou um catálogo das plantas cultivadas e introduziu inúmeros melhoramentos
O terreno original compreendia os dois lados da Rua Jardim Botânico. No governo do Prefeito Carlos Sampaio (1920-1922) foi desapropriado o trecho junto à lagoa onde se construiu, em 1924, com projeto de Archimedes Memória, o Jockey Clube. O Jardim Botânico guarda, também, muitas obras de arte e curiosidades que serão, oportunamente, mostradas e comentadas neste blog.
Nenhum comentário:
Postar um comentário