Aberta em terras doadas por José Martins Barroso, dava saída ao túnel aberto em 1893 para a passagem do bonde, tornando-se via de acesso à Copacabana. Reconhecida em 1894, pela Municipalidade, recebeu o nome de Rua Barroso.
Esse logradouro foi o primeiro, no bairro, a receber uma linha de bonde. A estação foi construída na esquina da Av. Copacabana, em frente à Praça Serzedelo Correa, onde hoje está o Centro Comercial de Copacabana. A foto de Malta, de 1921, mostra essa esquina.
Pelo recenseamento de 1920, havia na rua 150 construções, sendo 54 térreas, 73 sobrados e 23 de três pavimentos. Até 1930, as construções ficavam nas quadras próximas à praia. Com a valorização do bairro, as construções expandiram-se.
Em 1931 teve seu nome mudado em homenagem ao 1ºTenente Antonio de Siqueira Campos, um dos lideres da revolta de 5 de julho de 1922. É que o grupo conhecido como «os dezoito do Forte», liderados por Siqueira Campos, depois de abandonar o Forte de Copacabana, caminhou pela Av Atlântica até a esquina da Rua Barroso onde estavam as tropas enviadas para abafar a revolta. A foto de jornal documenta a caminhada em que não aparece Siqueira Campos, adiantado do grupo. Da areia, entricheirados no paredão, ofereceram combate, sendo quase todos mortos, restando vivos apenas Siqueira Campos e Eduardo Gomes. Siqueira Campos viria a falecer em acidente aéreo quando retornava ao Brasil para participar da Revolução de 1930. Eduardo Gomes, iniciador do Correio Aéreo Nacional, chegou ao posto de Brigadeiro da Força Aérea Brasileira.
4 comentários:
Prezado Brack
Parabens por apresentar trabalho de nível profissional qie nada fica a dever ao do Marc Ferrez quando iniciou seu caminho . Parabens ao Antonio Carlos pela oportuna descoberta que nos abriu o mundo do seu trabalho , e também boa parte do seu mundo .
Não tenho a ousadia de fazer comentários , pois o sentimento de admiraçâo é único . No máximo algumas modestas informações , a começar pela tentativa de reparar o desconhecimento em que ficou cercado o único personagem civil :
Octávio Correia , amigo pessoal de Siqueira Campos e de Rosalina Lisboa , mais tarde Larraigotti . Herdeiro da maior fazenda de criação de Quaraí , no Rio Grande do Sul , acostumado a passar longas temporadas na Europa ,ao ver seus amigos passarem em frente ao " Mére Louise " juntou-se a eles e recebeu de Siqueira um fuzil eo último pedaço da bandeira nacional que pertencera ao forte e que era destinada a Euclides Figueiredo . E Octavio , foi o primeiro a morrer.
O coronel Nepomuceno , comandante das tropas legalistas ao ver a marcha dos " 18 do forte " acreditava que eles caminhavam para se entregar , tal a desproporção das numérica das forças opostas .
Desculpe estas sugestões , mas a intenção é de , apenas , reconhecer o seu trabalho que , desejo , continui a nos brindar com estas maravilhas .
Obrigado .
Cascardo
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