Entre 1731 e 1805, no encontro das ruas então denominadas dos Barbonos (atual Evaristo da Veiga) e Guarda Velha (hoje, 13 de Maio) viveu D. Ana Teodoro Ramos de Mascarenhas, mãe do Bispo José Joaquim Justino Mascarenhas Castelo Branco.
Personalidade muito influente, respeitada e temida na cidade, D. Ana exercia um papel de autoridade informal, ouvindo queixas da população, decidindo pendências e resolvendo problemas, a ponto de fazer surgir a expressão "vá se queixar à mãe do bispo", que perdurou, por muito tempo, no linguajar carioca.
O Bispo, de volta das freqüentes visitas à mãe, foi alvo de mexericos que insinuavam que ele saía, altas horas da noite, era do Convento da Ajuda, depois de visitas noturnas às freiras. Os rumores foram tantos que ele determinou às igrejas que badalassem os sinos enquanto fazia o trajeto, a pé, da casa da mãe à sua residência.
Tão importante era a figura de D. Ana que o encontro das ruas passou a ser chamado de Largo da Mãe do Bispo, por mais de um século, até que a região fosse remodelada com a construção da Av. Central e da Praça Floriano.
O chafariz existente no Largo desde 1883 foi transferido, em 1904, para Botafogo, estando, hoje, na Praça Nicarágua (entre as avenidas Oswaldo Cruz e Ruy Barbosa).
A foto mostra o chafariz tendo, ao fundo, o prédio da Escola da Freguesia de São José, inaugurada em 1871, para onde se mudou o Conselho da cidade em 1897, no mesmo local onde hoje está a Câmara de Vereadores, em prédio, conhecido como Palácio Pedro Ernesto, inaugurado em 1923.
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