No século XVI não era incomum abandonarem-se recém-nascidos em lugares públicos para serem encontrados; eram os chamados “expostos”.
Em 1726, o Vice-rei Vasco Meneses determinou que todas as crianças “expostas” fossem abrigadas em asilos. A Santa Casa da Misericórdia, no Rio, adotou, então, o sistema da “Roda”, utilizado na Europa desde a Idade Média, e que, aqui, atravessou a Colônia, o Império e chegou à República.
Consistia de uma caixa cilindrica de madeira, colocada no muro do hospital, sendo que uma parte dava para a rua e outra para dentro da instituição. A criança era colocada e a caixa girada de forma a conduzir a criança para o interior. Havia uma corda de uma sineta para avisar que uma criança havia sido entregue. A identidade que quem a colocasse ficava desconhecida.
O dispositivo usado pela Santa Casa da Misericórdia do Rio (mostrado na foto) encontra-se, hoje, no museu do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. O IHGB ocupa vários andares do edificio nº 8 da Avenida Augusto Severo, junto ao Passeio Público.
2 comentários:
A propósito de uma dúvida, transcrevo do JB online o trecho a seguir:
"A roda do Rio de Janeiro, porta de admissão à Casa dos Expostos, só viria a acabar em 1948, salvando milhares de crianças em mais de 200 anos de atividade. O dispositivo não mais existe no Brasil, mas, infelizmente, o problema do abandono, que é uma questão mundial, continua presente."
Jornal do Brasil - Segunda-feira, 10 de Agosto de 2009
Infelizmente ,com tantas notícias de covardia e abondono aos pequenos aind nos dias de hoje! Acredito que melhor seria se ativassem o uso das "rodas dos expostos" Assim ao menos não haveria casos de pequeninos nos lixos ou no relento ao frio como tem mostrato o noticiário!
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