José Vieira Fazenda, autor de Antiquálias e Memórias de Rio de Janeiro, nasceu em 28 de abril de 1847. Era o terceiro de cinco filhos de Antônio Cândido Daniel e dona Rosa Maria Cândido Vieira. Estudou no colégio Vitório, na Rua dos Latoeiros (atual Gonçalves Dias), depois, no Colégio Pedro II, no internato criado em 1857. Bacharelou-se, em 1865, em Belas Letras. Aos 15 de março de 1866, matriculou-se na Escola de Medicina, tendo sido o orador de sua turma, que se formou em 1871.
Médico aos 24 anos de idade, Vieira Fazenda começou a exercer sua clínica na paróquia de São José, onde residia na Rua do Cotovelo (que dava acesso ao alto do Morro do Castelo). Abolicionista desde a juventude, foi membro da Sociedade Emancipadora, contribuindo, também financeiramente, com a entidade. Já na República, foi Intendente Municipal no biênio 1895-1896, um dos mais operosos no antigo Conselho Municipal.
Foi sua a proposta declarando o 20 de janeiro feriado municipal, transformada no Dec 239, de 10 de março de 1896, e sancionado pelo Prefeito Francisco Furquim Werneck de Almeida.
A par de seu trabalho como médico da Santa Casa, e do atendimento que fazia gratuitamente aos pobres na sua clínica da Rua do Cotovelo, foi colaborador do jornal A Notícia, de 1901 a 1913. Sócio efetivo da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro; professor na Academia de Altos Estudos. Veio a falecer em 19 de fevereiro de 1917.
Dá nome à pequena rua, ao lado do Clube Naval, entre a Almirante Barroso e a Rua Manoel de Carvalho que separa o Clube do Teatro Municipal.
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