No local onde existia, desde o início do séc. XVI, a ermida de Nª Sª da Ajuda, foi construído o Convento. A pedra fundamental foi lançada em 1745, mas o convento só começou a funcionar em maio de 1750, com doze postulantes na clausura, a viver sob a Regra das Concepcionistas Franciscanas com as Constituições do Mosteiro da Luz, de Lisboa, adaptadas ao nosso país. O chafariz, conhecido como das Saracuras, é obra de Mestre Valentim, foi inaugurado em 1795 no pátio interno do convento, e desde 1917, encontra-se na Praça Gen. Osório,
O mosteiro ficava localizado no início do caminho dos arcos, hoje Rua Evaristo da Veiga, onde permaneceu até 1911. Atualmente, o convento está na Rua Barão de São Francisco, 385,
A vida do convento começou com monjas de Santa Clara, vindas do Mosteiro do Desterro, na Bahia, e que permaneceram até cerca de 1766.
O corpo de D. Maria I, mãe de D.João, foi enterrado no interior do convento, onde permaneceu até ser transladado para Lisboa. Também lá esteve o corpo de D. Leopoldina, primeira esposa de D. Pedro I, até a demolição, quando passou para o Convento de Santo Antonio (no Largo da Carioca) onde permaneceu até 1954, quando foi transladado para o Museu do Ipiranga,
Em 19 de maio de 1855, o governo imperial baixou a Lei Nabuco, que proibia as admissões nas ordens religiosas. O convento permaneceu com apenas 4 freiras, além da madre-superiora que pediu várias vezes a intervenção da Princesa Isabel, de forma a permitir a admissão de postulantes, nada conseguindo. O noviciado só foi reaberto com a República, já no ano de 1891.
Nas fotos abaixo vemos o convento, em 1907, com o Palácio Monroe ao fundo; nota-se a Av. Central (atual Rio Branco) pronta, com postes separando as pistas de rolamento, e parte da Praça Floriano (que seria ampliada com a utilização de trecho do terreno do Convento). Na última foto, tirada em sentido contrário, pode-se ver, ao longe, parte da fachada do Theatro Municipal.
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