Seguindo o caminho de São Clemente, o Príncipe D. João chegava à Lagoa justo na praia da Piaçava, no sopé do morro da Saudade. Dali, que era um porto de canoas, Sua Alteza alcançava o Jardim Botânico navegando pelas águas tranqüilas da Lagoa.
Consta que havia, junto à praia da Piaçava, uma fonte onde, nos princípios do Séc XIX, lavadeiras portuguesas iam lavar roupas. E cantavam fados, relembrando com saudades a terra distante. A fonte vertia uma água mágica. Rezava a lenda que quem dela bebesse nunca mais esqueceria as belezas do lugar.
Hoje, o espaço entre as faldas do Morro da Saudade e a Lagoa ampliaram-se graças aos aterros da época do prefeito Carlos Sampaio, mas a região manteve o nome. E o prédio de número 111, da Rua Fonte da Saudade, exibe, em seus jardins, uma alegoria da Fonte.
As fotos mostram a fonte em foto de Malta (1890), a praia da Piaçava sendo aterrada (c.1910), e a homenagem no jardim do edifício.
Um comentário:
Sempre quis saber se esta Fonte da Saudade existiu de verdade. Parabéns por sua pesquisa!!!
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