quarta-feira, abril 28, 2010

José do Patrocínio

Nesta época pré-campanha eleitoral, vale a pena recordar José do Patrocínio (1853-1905), conforme nos conta Humberto de Campos em seu livro Brasil Anedótico:

“Começava Patrocínio a ser hostilizado pelos propagandistas da República, que o acusavam de haver abandonado as suas fileiras, lisonjeado pelo beijo que a Princesa dera no seu filho pequeno, quando, num meeting, o grande abolicionista tentou falar.

- O Brasil... - ia começando, quando se deteve.

Atribuindo aquela pausa a um estado de decadência, a multidão começou a rir. Patrocínio olhou-a, do alto, e continuou:

- O Brasil... que somos nós?

Silêncio absoluto.

- Sim; que somos nós? - tornou.

E formidável:

- Somos um povo que ri, quando devia chorar!”



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