Humberto de Campos em Discurso de recepção na Academia Brasileira de Letras. (1920):
Certa vez, ia Emílio de Menezes em um bonde, quando se sentaram no banco imediato, em frente, duas senhoras de grandes banhas, que dificilmente puderam entrar no veículo. Com o peso das duas matronas, o banco, que era frágil, range, estala, geme, estranhando a carga. O poeta, que observa o caso, leva a mão à boca, no seu gesto característico, e põe-se a rir em silêncio, no seu riso sacudido e interior. E como o companheiro o olhasse, explicou:
- Sim, senhor! É a primeira vez que vejo um banco quebrar por excesso de fundos!...
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